Suíte Cabocla materializa uma paixão de mais de duas décadas pela viola

Desde que dedilhou pela primeira vez a viola, presente do amigo Nelson Benfica, o músico Renato Gagliardi estabelece uma relação íntima com o instrumento, dedicando-lhe estudo e um projeto único, o Suíte Cabocla. Por meio desse concerto, cuja raiz está na inserção da viola a um quarteto de cordas, o músico votuporanguense materializa uma paixão de mais de duas décadas.

“Lembro que quando ganhei minha primeira viola já atuava como contrabaixista da Filarmônica de Goiás. Foi um presente do Nelson Benfica, que dizia que eu tinha jeito para tocar; dizia que tinha os dedos ágeis, tocava rápido e bem. Desde então não parei mais de tocar viola, apesar de continuar como contrabaixista”, conta Renato Gagliardi.

O embrião daquele que viria ser o projeto Suíte Cabocla veio em meados dos anos 1990, por meio do duo Madeira e Vento, envolvendo Renato Gagliardi na viola e o saudoso maestro e músico Saulo Schneck, de São José do Rio Preto, no violoncelo, além de participações pontuais do violão e da percussão.

“Eu já havia me afastado da Filarmônica de Goiás na época em que criei o Madeira e Vento com o Saulo Schneck. A partir dessa experiência, fui percebendo que cabiam mais instrumentos, e comecei a pensar algo em torno de um quarteto de cordas”, relembra. Nessa época, Renato Gagliardi ainda participou de um projeto do Sesc que reuniu violeiros paulistas, reafirmando sua vocação para a viola, que também o acompanhou nas temporadas internacionais que fez por países como Itália e Suíça.

Para Renato Gagliardi, a viola tem uma sonoridade universal, tendo tudo para conquistar plateias de outros países por meio do concerto do projeto Suíte Cabocla.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *